CAMINHADA SEGURA

 CAMINHADA SEGURA

Nada melhor do que uma boa caminhada ao ar livre! De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Brasil possui mais de 40 parques nacionais a serem visitados. O contato com a natureza, o prazer de uma trilha, o piquenique com os amigos e o encanto de belíssimas paisagens.



Mas muitas vezes a diversão pode se tornar um tormento, mesmo para os mais experientes. São inúmeros os acidentes e emergências registrados em trilhas no Brasil, desde aventureiros perdidos, quedas e luxações a incidentes fatais. 

TURISMO SEGURO

 1.   Planejamento: Segurança em primeiro lugar!

Conheça a trilha a ser percorrida e planeje o roteiro para não se perder no meio da mata. Procure guias confiáveis e mapas, trace eventuais rotas de fuga e anote contatos de moradores e prestadores de serviços locais.

Respeite as suas limitações físicas. Você pode se machucar mesmo em trilhas “fáceis”. Se for principiante, faça caminhadas leves, sem muitas subidas e descidas. Mesmo em trilhas já conhecidas podem ocorrer imprevistos.

Comece cedo pela manhã e se organize para estar de volta no máximo ao meio da tarde, evitando assim problemas por falta de iluminação.

Evite os dias chuvosos, com possibilidade de chuva e após temporais. Trilhas molhadas são mais perigosas e aumentam os riscos de acidentes.

Dica: O aplicativo Parques do Brasil reúne informações sobre as principais unidades de conservação do país, incluindo: localizações geográficas, horários de funcionamento, descrição das trilhas, atividades disponíveis, condições de acessibilidade e preços de ingressos.

2.   Look trilheiro: Escolha roupas adequadas.

Calças e camisetas leves são a melhor opção. É fundamental que o calçado seja fechado, antiderrapante e confortável. Assim, você garante estabilidade e se protege de machucados e picadas de animais peçonhentos.

Leve uma troca de roupas secas caso as suas molhem.

Dê preferência a mochilas para ter sempre as mãos livres.

A temperatura em meio à natureza é geralmente mais baixa, então, em dias mais frios, reforce o vestuário, com meias de lã e casacos.

Bonés e chapéus são mais que acessórios e devem estar aliados ao uso do protetor solar, indispensável em qualquer esporte ao ar livre.

3.   Saco vazio não fica em pé: Esteja bem alimentado e hidratado.

É imprescindível que você leve água e alimentos para consumo durante o trajeto. Hidrate-se e alimente-se ao longo do passeio, a falta desses recursos pode provocar desidratação e desmaios.

São recomendadas reservas de alimentos e água em maior quantidade do que seriam ingeridos normalmente para o caso de emergências.

4.   Kit sobrevivência: Equipamentos básicos.

Você deve levar consigo: um pequeno kit de primeiros socorros, lanterna, agasalho impermeável, canivete e fósforos. Adicione à lista um pequeno cartão com informações essenciais como seu nome completo, tipo sanguíneo, endereço, nomes e contatos de emergência.

5.   Sempre conectados: Tenha um celular carregado.

Apesar da ideia ser entrar em contato com a natureza, use a tecnologia ao seu favor e leve um celular com a bateria carregada e, se possível, uma bateria extra. O aparelho pode ser fundamental em situações de resgate permitindo ligações para solicitar ajuda e o compartilhamento da localização em tempo real.

6.   Quem avisa, amigo é: Deixe alguém avisado.

Avise com antecedência um familiar ou amigo sobre os seus planos: local da caminhada, quem vai estar consigo, a data e o horário de retorno.

7.   Juntos vamos mais longe: Caminhe em grupo e com um guia de confiança.

Jamais fique sozinho! O número ideal por grupo é de, no mínimo, três integrantes. Assim, em caso de acidente, uma pessoa acompanha a vítima e outra busca socorro.

É recomendada a presença de um guia capacitado, com seguro e que cumpra as normas básicas de respeito à natureza.

8.   Espírito aventureiro: Atenção à trilha!

Deixe sinais visíveis pelo caminho como fitas coloridas amarradas em árvores ou pegadas bem marcadas. Isso orienta a retomar o caminho, caso necessário, bem como auxilia as equipes de resgate. Fique atento à trilha e ao mapa para não errar as direções.

Esteja focado ao local onde pisa, coloca as mãos, senta-se ou deita-se para descanso. Confira, ainda, seus objetos ao manuseá-los, já que insetos e animais peçonhentos podem ser atraídos ou procurar abrigo nesses utensílios.

Quando precisar retirar ou colocar um objeto na mochila ou mesmo quando for tirar uma foto da paisagem, jamais o faça em movimento.

Atenção constante ao caminho: paredões rochosos, despenhadeiros, fendas, tocas e pequenas grutas, bifurcações, locais pantanosos e escorregadios, brejos e atoleiros devem ser evitados.

 Pontos Críticos de Segurança em uma Operação de Caminhada

Antes mesmo de uma caminhada, uma exploração deve identificar quaisquer pontos de risco no trajeto e a operadora deve estudar planos de contingência para cada um deles, visando à segurança dos clientes. Estes pontos de risco são encostas onde quedas possam acontecer, paredões de onde pedras possam despencar, rios que precisem ser cruzados; bem como os riscos objetivos, como mau tempo, raios, perda da visibilidade, hipotermia e exaustão.

Claro que nunca dá para prever tudo, mas o mero levantamento dos pontos críticos já esclarece os guias a respeito dos perigos potenciais, gera atenção a estes pontos e diminui drasticamente a possibilidade de acontecerem acidentes de fato.

Antes de iniciar a caminhada, devem ser conferidos os equipamentos obrigatórios de segurança. A instrução do cliente e a verificação de todos os itens pessoais também são pontos importantes para a segurança do cliente e do grupo. Os condutores devem estar devidamente treinados para conduzi-los em segurança e instruí-los sobre os riscos da atividade.

 Gestão de Crise

Em casos de acidente, o primeiro procedimento a ser seguido pelo guia é verificar o estado geral do acidentado. Se a situação for simples e ele conseguir resolver o caso sozinho, o único procedimento a ser feito é posteriormente registrar este acidente.

Caso a situação seja mais grave, o condutor deve providenciar a remoção do acidentado para um hospital e informar à empresa o mais rápido possível.

É importante que ele tenha conhecimentos básicos em primeiros socorros, para prestar atendimento antes mesmo de o resgate chegar.

O ponto mais importante é que a empresa e os condutores tenham pensado sobre o assunto e os guias tenham sido treinados a enfrentar este tipo de situação. Simulações de emergências (depois de feito o inventário dos riscos, avaliação e tratamento) são ferramentas utilíssimas para preparar guias a reagir acertadamente em situações reais.

 O Cuidado com as Comunidades Locais

Sempre que houver algum contato com a população local, trate-a com respeito. Respeite

também seus hábitos e crenças; lembre-se de que o estranho aqui é você.

Cada cultura tem o seu valor, respeite e faça com que seu grupo aprecie e compreenda costumes e tradições locais.

As comunidades locais são importantíssimas para o desenvolvimento do Turismo de Aventura, pois providenciam auxílio e infra-estrutura para a atividade. O Turismo de Aventura deve ser inserido em comunidades como uma atividade substituta à agricultura e pecuária, que oferece oportunidade para guias locais, bares e restaurantes, pousadas e outras atividades complementares.

Referências:

http://www.feriasvivas.org.br/

https://abeta.tur.br/pt/pagina-inicial/





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