Variáveis Exógenas, Endógenas e Lições Aprendidas nos Eventos Negativos Maiores, nos casos em Fukushima, Challenger, Refinaria Texas City e no Porto de Beirute e o Centro de Estudos Prevenir Tragédias através da Segurança Proativa e a Gestão de Riscos
A seguir são apresentados as variáveis exógenas, endógenas e lições aprendidas, nos eventos negativos maiores, nos casos em Fukushima, Challenger, Refinaria Texas City e no Porto de Beirute.
Figura dos Acidentes em Fukushima, Challenger, Refinaria Texas City e no Porto de Beirute
No caso de Fukushima:
As autoridades responsáveis pela Usina sabiam da possibilidade de ondas maiores, do que as projetadas para conter inundações da usina por ondas de tsunami. Um estudo histórico revelou que um grande tsunami, ocorreu no meio do século IX, estimado em 869 DC, e que um pesquisador tinha feito uma forte recomendação para reforma da planta em 2006, mas a recomendação foi supostamente recusada pelo motivo, de que o tsunami foi hipotético, e porque a evidência reivindicada não foi aceita por especialistas do setor nuclear.
Figura - Explosão na Usina Nuclear de Fukushima.
Como lições aprendidas no dia 20 a 24 de junho de 2011, houve a Conferência Ministerial em Segurança Nuclear na sede da IAEA (Agência Internacional de Energia Atômica) em Vienna. De acordo com o resumo do presidente foi sugerido nessa conferência que: “Todos os Estados-Membros revejam sistematicamente a segurança de todas as centrais nucleares, incluindo as margens de segurança e os pressupostos para base de concepção tanto para instalações novas como para instalações operacionais”(IAEA, 2011, p.1, tradução nossa).
Os resultados dessas avaliações de segurança e as respostas às lições aprendidas foram informados na Reunião Extraordinária das Partes Contratantes na Convenção sobre Segurança Nuclear (CNS) em 2012. Ademais, nesta reunião foram abordadas as medidas de segurança em vigor nas usinas nucleares que foram reavaliadas em casos de eventos naturais e as novas medidas que precisavam ser implementadas, tendo como lição o acidente de Fukushima Daiichi (IAEA, 2012).
Até o presente momento mais encontros e reuniões já foram realizados tendo como objetivos acompanhar o progresso dos Estados-Membros nas melhorias de segurança das usinas nucleares como fim de evitar acidentes futuros. Além disso, discussão e estudo das lições que foram aprendidas com o acidente nuclear de Fukushima Daiichi.
O Japão ainda tenta lidar com as diversas questões que surgiram após o acidente entre elas estão:
(1) a resposta aos acidentes nucleares e à gestão da segurança; (2) a revisão da política energética; (3) o manuseio de problemas de contaminação radioativa e reparação; (4) preocupações relacionadas à produção e fornecimento de energia elétrica (PPS); (5) a reestruturação da gestão da segurança nuclear (o lançamento de uma nova Autoridade de Regulação Nuclear e Agência de Regulamentação Nuclear em Setembro de 2012); (6) medidas de segurança de energia nuclear no local e o fortalecimento da segurança nuclear (TSPF, 2012, p.6, tradução nossa).
No caso da Challenger:
As pressões exercidas na Nasa da sociedade e governo, foram prometidos diversos lançamentos, 24 por ano, porém, a meta estava longe de ser alcançada, não chegavam nem a 5 por ano, e a fim de garantir que o seu orçamento, bilionário, fosse mantido, e quem sabe aumentado, pois apesar de ser reutilizável, a manutenção do ônibus espacial custava milhões de dólares a cada lançamento, foram questões preponderantes para a decisão errônea de autorizar o lançamento do ônibus espacial.
Figura - Ônibus Espacial Challenger
Após o acidente, a NASA ficou impedida de fazer novas missões, enquanto fazia estudos e adaptações de segurança. Demorando 3 anos para que fosse feito um novo lançamento, e somente 22 anos depois, enviou um civil para o espaço, não por um acaso, uma outra professora.
No caso da Refinaria Texas City
As pressões exercidas pela necessidade minimizar as das perdas dos lucros, levaram aos cortes dos orçamentos de investimento, de funcionamento e de manutenção, levando a degradação da segurança se multiplicaram (degradação do material, da instrumentação, numerosos incidentes) sem que as ações corretivas apropriadas fossem tomadas.
Figura - Combate ao acidente na Refinaria Texas City
O acidente de Texas City nos ensina que a segurança não é um estado atingido de forma estável e definitiva, mas que processos de degradação podem se desenvolver, muitas vezes, à revelia dos responsáveis, ou, por vezes, por deliberação deles. A maior parte dos problemas de segurança que estavam na origem do acidente de 23 de março de 2005 eram problemas recorrentes que já tinham sido anteriormente identificados no curso de auditorias e investigações. Mesmo depois do acidente, acontecimentos graves (incêndios) continuaram a ocorrer durante o verão de 2005.
No caso da Explosão do Porto de Beirute
Neste caso houve inabilidade das autoridades libanesas em reconhecer o risco e fazer a transferência do nitrato de amônio para um armazém adequado.
Em todo o mundo, inúmeras incluindo grandes quantidades do mesmo fertilizante agrícola que detonou em Beirute começaram a aparecer: em Dakar, as autoridades encontraram 3.000 toneladas de nitrato de amônio em armazéns, em Chennai, funcionários do porto admitiram que estavam armazenando inseguramente 800 toneladas do produto químico, autoridades romenas descobriram quase 9.000 toneladas, incluindo 5.000 toneladas em um único armazém. A prevenção de desastres não depende apenas de impedir distribuidores armazenem e transportem indevidamente grandes quantidades de produtos perigosos, é importante verificar várias questões como supervisão, comunicação e manutenção preventiva.
Figura - Documento entregue a Autoridade Libanesa
Centro de Estudos e Curso Gestão de Riscos e Prevenção de Tragédias (Acidentes Maiores, Fatais e Graves) através da Abordagem da Segurança Proativa, Riscos e Emergências (ASPRE), mais informações, vídeos e materiais complementares, acessar os links desta postagem.
Figura - Revista Proteção sobre o Curso On-Line Gestão de Riscos e Prevenção de Tragédias
Link da reportagem:
Figura - Grupo de Whatsapp do Centro de Estudos e Curso Gestão de Riscos e Prevenção de Tragédias
Link com os artigos do Centro de Estudos Gestão de Riscos e Curso Prevenção de Tragédias:
Figura - Artigos do Centro de Estudos Gestão de Riscos e Curso Prevenção de Tragédias
Incêndio no Havai.
Que se passa no Havai? A construção sociotécnica do risco. A mistura perigosa que levou à destruição extrema. Reportagem de hj da Revista Norminha.
Os incêndios no Havai causaram um elevado nível de destruição e de vítimas mortais. Por trás destes eventos, está uma “mistura perigosa”. Os cientistas explicam.
Mais informações em:
https://gestaoproativawb.blogspot.com/2023/08/incendios-florestais-no-havai-matam-53.html
Explosões em Palotina
Explosões de armazéns de grãos, como a que aconteceu na C.Vale, em Palotina/PR, não são comuns. No entanto, podem ocorrer muito facilmente, se os responsáveis pela estrutura não tomarem as devidas precauções. A precaução mais importante é a redução da poeira suspensa no ar dentro do armazém. A advertência é de Adriano Mallet, consultor em armazenagem de grãos e diretor técnico da empresa Agrocult, em declaração para o portal AviSite.
“Em um silo, que é um espaço confinado, o combustível é o pó suspenso no ar. Se a quantidade de pó presente no ar for densa, muito grande, basta uma faísca, causada por curto-circuito elétrico, um isqueiro, chama de solda, ou qualquer outra origem, para dar a ignição que leva à reação rápida do oxigênio com as partículas de pó, gerando a explosão”, explica.
Mais informações em:
https://gestaoproativawb.blogspot.com/2023/08/destaques-dos-informes-iniciais-da.html
Figura - Reportagem da Revista Norminha sobre o Acidente Maior - Incêndio no Havaí
Análise da Implosão do Submersível Titan através dos Modelos da Abordagem da Segurança Proativa - Reportagem na Revista Norminha de Segurança
O alerta foi dado, há 5 anos, associação disse que submarino passaria por catástrofe, mas diretor da empresa não mudou os planos, diz jornal
O Titan, o submersível que sumiu em um passeio para levar turistas aos destroços do Titanic, não foi submetido à agência de avaliação de riscos.
Mais uma tragédia em que o alerta de especialistas não foi seguido.
As escolhas de design e materiais do submarino podem ter causado a implosão.
Área interna mais espaçosa, e, por isso, o submarino era mais vulnerável à pressão externa que a água exerce, essa mudança tem consequências na fadiga e na delaminação; entenda:
Fadiga: com o tempo, a tensão repetida em um material causa pequenas trincas na superfície. Essas pequenas trincas se propagam devagar, e esses danos vão se acumulando até que haja uma falha. Essa característica é chamada de fadiga.
Delaminação: superfícies de materiais compostos, como fibra de carbono, têm camadas ou placas. A delaminação é o processo físico pelo qual essas camadas começam a se separar umas das outras
Mais informações no link da postagem:
https://gestaoproativawb.blogspot.com/2023/06/implosao-do-submersivel-titan-as.html
A tragédia no litoral norte de São Paulo causada por uma chuva recorde, causou mortes, pessoas estão desabrigadas ou desalojadas, expondo um profundo traço de desigualdade na região.
O balanço da Defesa Civil aponta 65 mortes (64 em São Sebastião e 1 em Ubatuba).
Segundo o último boletim estadual, divulgado às 18h deste domingo, são 1.109 desalojados e 1.172 desabrigados na cidade.
Além do trabalho de resgate, os bombeiros também agem para tentar convencer os moradores de áreas de risco a deixarem suas casas enquanto a situação não for normalizada.
O que aconteceu?
Dezenas de pessoas morreram, casas foram destruídas e rodovias bloqueadas após um temporal histórico que atingiu o Litoral Norte de São Paulo durante o último fim de semana.
A chuva começou no sábado (18). Durante a noite, ela já era muito forte e não parou mais. Por conta disso, a maioria dos estragos começou já na madrugada de domingo (19).
A cidade mais prejudicada foi São Sebastião. A Vila Sahy, na Costa Sul do município, foi a mais atingida por deslizamentos de terra e ficou totalmente destruída. O local soma a maior parte das vítimas da tragédia.
Mais informações no link:
https://gestaoproativawb.blogspot.com/2023/02/tragedia-no-litoral-norte-de-sao-paulo.html
Link sobre os Times de Aprimoramento da Segurança (TAS), através da Abordagem da Segurança Proativa:
https://gestaoproativawb.blogspot.com/2023/07/times-de-aprimoramento-da-seguranca-tas.html
Figura - Times de Aprimoramento da Segurança (TAS)
E-mail de contato para maiores informações:
washington.fiocruz@gmail.com
Participe, se especialize e apoie a divulgação desta iniciativa.
Washington Barbosa
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