Destaques de textos sobre Gestão de Riscos, Centro de Estudos e Livro Prevenção de Acidentes Maiores através da Abordagem da Segurança Proativa (ASP)
Figura - Diversos sobre Prevenção de Tragédias
Destaques de textos, sobre Gestão de Riscos e Prevenir Tragédias
"Como assinalam Vidal et al. (2001), a superação da explicação em termos da contradição entre fatores técnicos e fatores humanos não requer que se pense apenas em termos da combinação entre causas de naturezas técnicas e humanas, mas igualmente que estes fenômenos sejam entendidos como uma combinação multicausal, no nível de uma sistematização macroergonômica, envolvendo aspectos sociais, culturais, antropotecnológicos, psicológicos que podem levar ao descontrole do sistema. Em outros termos, cada evento indesejado pode ter uma multiplicidade de causas diretas e estas articuladas em sistemas de causas raízes, cuja gênese não se limita aos agentes (pessoas e tecnologia), mas está igualmente vinculada ao contexto (organização) e, principalmente, como este contexto se articula e influência os demais agentes sociais. Esta articulação dificilmente pode ser descrita como sequenciação linear de eventos para efeito de generalização com finalidades de aprendizado e de normalização, que prescinda de uma análise situada para sua descrição".
Artigo: DE THREE MILE ISLAND A FUKUSHIMA: QUE LIÇÕES APRENDEMOS?
O mais importante não é o erro em si. Erros acontecem com frequência e continuarão ocorrendo. O que mais importa, na verdade, é a capacidade de reconhecimento e recuperação deste erro por parte do sujeito e do sistema. É o fato, por exemplo, de identificarmos que apertamos erroneamente a tecla oito e corrigirmos para a tecla cinco, que era o inicialmente planejado. Assim, o mais perigoso para a segurança não é o indivíduo que comete mais erros, mas aquele que não é capaz de identificar e/ou recuperar os mesmos. Por conseguinte, trabalhadores mais competentes não são aqueles que erram menos, mas sim aqueles com repertório mais amplo para identificar e recuperar os erros cometidos (AMALBERTI, 2016).
"Na empresa, foi constatada a ineficácia em aprender com o retorno de experiência (REX) em relação a outros avanços de sinais, a acidentes já ocorridos e em relação à ação do “lançador de alerta”. Uma diretora de produção e segurança, sra. Forster, percebendo o problema, solicitou inúmeras vezes, em vão, por longo tempo, uma solução (LLORY; MONTMAYEUL, 2014; p. 101-104 e 118)."
Mais informações no artigo.
Sendo o cotidiano do trabalho uma confrontação constante entre o que é antecipado por regras, leis e normas, a partir do conhecimento existente, e o tratamento de situações específicas – in loco – que não foram antecipadas na sua especificidade, Daniellou et al. (2010) fazem uma distinção entre a “segurança normatizada” (sécurité réglée), fundada nos procedimentos e saberes científicos que permitem antecipar situações não desejáveis, e a “segurança em ação” (sécurité gérée), atrelada à capacidade de resposta pertinente em tempo real pela adaptação dos procedimentos, levando em conta a especificidade das situações (Figura 6).
Para desenvolver um sistema seguro, o desafio para as organizações atuais é ultrapassar a ideia enraizada de que a segurança normatizada é suficiente, de forma a incorporar o caráter adaptativo, dinâmico e imprevisível da segurança, baseada sobre a experiência dos sujeitos. É necessário, assim, considerar essas duas perspectivas, não só a prescritiva dos gestores, mas também a adaptativa de trabalhadores e trabalhadoras por meio das situações reais.
Uma perspectiva que também associa aspectos de diferentes escolas é apresentada por Llory. Seu modelo psicoorganizacional de acidentes não perde de vista a importância da compreensão de aspectos técnicos presentes em acidentes, mas ressalta sua insuficiência para a compreensão desses eventos. O acidente é apontado como potencialmente revelador de aspectos da história da organização, sobretudo daqueles relacionados às suas origens, que estavam incubados ou adormecidos. A dimensão subjetiva é reconhecida tanto em nível individual, quanto no das relações horizontais e verticais estabelecidas historicamente nas situações de trabalho. Ou seja, ressalta-se a necessidade de explorar tanto aspectos conjunturais, ditos sincrônicos, como aqueles construídos ao longo da história de vida das pessoas e da organização, ditos diacrônicos.
ref: Culpa da vítima: um modelo para perpetuar a impunidade nos acidentes do trabalho
Llory lembra que:
[…] os operadores e a gerência de produção contribuem para que, num primeiro momento, as condições de segurança sejam garantidas da melhor maneira possível, mas acabem cedendo, renunciando a resistir, curvando-se em posições fatalistas muito defensivas e prejudiciais para a segurança aqui e agora, pois as possibilidades de aviso, de alerta de um acidente em potencial iminente podem achar-se muito alteradas, até aniquiladas. Essa situação pode agravar-se ainda mais pela insegurança no emprego, pela incerteza do amanhã… (p. 134-135)
A tecnologia fazendo sua parte na prevenção de eventos negativos maiores, ótimo exemplo.
"Uma tragédia foi evitada pelos equipamentos anti-colisão (TCAS) a bordo de dois jatos Airbus A350-900 da Air Mauritius, quando eles se encontraram sobre o Sudão do Sul, frente-a-frente e na mesma altitude. Como resultado, da ação do piloto automático, um dos aviões foi forçado a subir e outro a descer para evitar uma catástrofe."
Mais informações no artigo.
Importante texto sobre safety.
Very good.
Editorial - Foundations of safety science: A postscript
Andrew Hale
Emeritus Professor of Safety Science,
Delft University of Technology, Netherlands
https://www.linkedin.com/feed/update/urn:li:activity:6802986888358576128/
François Daniellou
É preciso, portanto, centrar a política de segurança na prevenção dos acidentes graves e fatais por meio da detecção das situações de alto potencial de gravidade em diferentes instâncias:
- durante o projeto de concepção, fazendo o cálculo e simulação de situações futuras; no dia a dia, pelo retorno de experiência.
Nos dois casos, são necessários engenheiros(as), gestores(as) e operadores(as).
Palavras de Reason, citado por Mendel:
Antes de considerarmos os operadores, os principais causadores do acidente, é preciso compreender que eles são herdeiros dos defeitos do sistema, criados por uma concepção ruim, uma instalação malfeita, uma manutenção deficiente e por decisões errôneas da direção […] quanto mais afastados os indivíduos das atividades de primeira linha e, assim, dos riscos diretos, mais perigosos, em potencial para o sistema. (p. 12-13)
Figuras da conquista de Washington Barbosa do XII Prêmio Crea-RJ de trabalhos científicos e tecnológicos do trabalho de doutorado Prevenção de Acidentes Maiores/Tragédias através da Abordagem da Segurança Proativa
Vídeo - Três Pilares da Abordagem da Segurança Proativa (ASP)
Alguns destaques do Projeto do Centro de Estudos Prevenção de Acidentes Maiores/Tragédias através da Abordagem da Segurança Proativa, que se iniciou no meu retorno à área acadêmica em um projeto de doutorado, em 2016 na UFF como aluno ouvinte com o Prof. Gilson Alves e deu continuidade em 2017 na UFRJ com os Profs. Mario Vidal e Assed Haddad.
Centro de Estudos e Curso Gestão de Riscos e Prevenção de Tragédias (Acidentes Maiores, Fatais e Graves) através da Abordagem da Segurança Proativa (ASP), mais informações, vídeos e materiais complementares, acessar os links desta postagem.
Verifico que há poucas pesquisas sobre a Prevenção de Acidentes Maiores no Brasil e no Exterior, é necessário se desenvolver mais trabalhos sobre esta temática.
Destaco que os Especialistas em Riscos devem ser ouvidos pelas organizações, e os Princípios da Prevenção e da Precaução aplicados, com o intuito de Prevenir e Mitigar possíveis Tragédias.
Vídeo da apresentação sobre a Prevenção de Acidentes Maiores através da Abordagem da Segurança Proativa, no XXVI Seminário Internacional de Segurança Mineira em Lima no Peru:
Figura - Revista Proteção sobre o Curso On-Line Gestão de Riscos e Prevenção de Tragédias
Link da reportagem:
Figura - Grupo de Whatsapp do Centro de Estudos e Curso Gestão de Riscos e Prevenção de Tragédias
Link com os artigos do Centro de Estudos Gestão de Riscos e Curso Prevenção de Tragédias:
Figura - Artigos do Centro de Estudos Gestão de Riscos e Curso Prevenção de Tragédias
Link sobre os Times de Aprimoramento da Segurança (TAS), através da Abordagem da Segurança Proativa:
https://gestaoproativawb.blogspot.com/2023/07/times-de-aprimoramento-da-seguranca-tas.html
Figura - Times de Aprimoramento da Segurança (TAS)
E-mail de contato:
washington.fiocruz@gmail.com
Saudações,
Washington Ramos Barbosa
Gestor, Pesquisador, Professor e Engenheiro Industrial e de Segurança do Trabalho
Fundador do Centro de Estudos e Curso: Prevenção de Acidentes Maiores/Tragédias através da Abordagem da Segurança Proativa
DSc. e MSc. Eng. Produção pela Coppe/ Ufrj/Uff - Gestão de Riscos/Gestão da Qualidade, Especializações em Qualidade, Segurança, Ambiental, Gestão Organizacional e Ergonomia
Ganhador do Prêmio Crea-RJ de trabalhos científicos e tecnológicos com a tese de doutorado sobre a Prevenção de Acidentes Maiores/Tragédias
Experiência Profissional em Organizações Públicas e Privadas desde 1984, em funções de Direção, Gerencial, Supervisão, Técnica e Operacional, se destaca nesta trajetória a implantação e mentoria de projetos nas áreas do Aprimoramento Organizacional, com foco na Prevenção de Acidentes Maiores/Tragédias, Produtividade, Critérios de Excelência dos Prêmios da Qualidade, Ergonomia, Segurança e Meio Ambiente
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