Implosão do Submersível Titan, os Modelos da Abordagem da Segurança Proativa, Construção Sociotécnica do Risco, Centro de Estudos e Curso Gestão de Riscos e Prevenção de Tragédias (Acidentes Maiores, Fatais e Graves)
Figura - Implosão do Titan - Fonte: Internet
Vídeos simulando a implosão do Titan
e:
Vídeo da Abordagem Sociotécnica Estruturada
Questões que se destacam com base nas informações atuais.
Variável Exógena:
Há boas práticas em relação a construção de submersíveis, que podem ser certificados por organizações marítimas - por exemplo, pelo American Bureau of Shipping (ABS) ou pelo DNV (uma organização global de acreditação com sede na Noruega), entre outros, mas a empresa do Titan não buscou esta certificação.
Por não haver a necessidade legal da certificação para a construção do submersível, o projeto pode ser desenvolvido e ter iniciado as operaçãos.
Neste caso, pode haver no futuro a inserção de obrigação legal, para a construção de submersíveis, passar por certificações de organizações marítimas. Casos similares de mudança e aprimoramento de legislação acontecem após acidentes maiores/tragédias.
Variável Endógena:
Em relação ao submersível:
As escolhas de design e materiais do submarino podem ter causado a implosão.
Área interna mais espaçosa, e, por isso, o submarino era mais vulnerável à pressão externa que a água exerce, essa mudança tem consequências na fadiga e na delaminação; entenda:
Fadiga: com o tempo, a tensão repetida em um material causa pequenas trincas na superfície. Essas pequenas trincas se propagam devagar, e esses danos vão se acumulando até que haja uma falha. Essa característica é chamada de fadiga.
Delaminação: superfícies de materiais compostos, como fibra de carbono, têm camadas ou placas. A delaminação é o processo físico pelo qual essas camadas começam a se separar umas das outras.
O casco do Titan já tinha sido submetido a pressão em outras viagens --mais de 20 foram feitas, e a cada viagem aumentam as pequenas fissuras na estrutura.
Essas fissuras podem ser pequenas e indetectáveis, mas isso se torna um problema crítico, porque em um momento elas começam a crescer de forma descontrolada, diz Graham-Jones.
Fibra de carbono
A OceanGate promovia o submarino dela justamente por ser de fibra de carbono (só uma parte era de titânio), dizendo que isso tornava a embarcação mais leve e fácil de navegar do que outros submersíveis.
A empresa também afirmava em seu site que o Titan podia chegar a uma profundidade de 4.000 metros com uma margem confortável de segurança.
No entanto, os materiais de compostos de carbono têm uma vida útil limitada quando recebem carga muito pesada ou quando há concentração de pressão em um ponto, segundo Graham-Jones.
e:
Vídeo da Gestão Dinâmica da Segurança
Área de Alerta:
Há 5 anos, associação disse que o submarino passaria por catástrofe, mas diretor da empresa não mudou os planos
Mais uma tragédia, em que o alerta de especialistas não foi seguido.
Fontes: Abordagem da Segurança Proativa, G1 e Associated Press
Postagem com mais informações da implosão do Titan:
https://gestaoproativawb.blogspot.com/2023/06/submersivel-titan-que-sumiu-e.html
Link da reportagem:
Link com os artigos do Centro de Estudos Gestão de Riscos e Curso Prevenção de Tragédias:
E-mail de contato para maiores informações:
washington.fiocruz@gmail.com
Participe, se especialize e apoie a divulgação desta iniciativa.
Washington Barbosa
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