Explosão na Cooperativa de Palotina no Paraná e a Gestão Dinâmica da Segurança - Centro de Estudos e Curso Gestão de Riscos e Prevenção de Tragédias (Acidentes Maiores, Fatais e Graves), através da Segurança Proativa

 

Vídeo da explosão na Cooperativa de Palotina no Paraná.

Vídeo do Corpo de Bombeiros no início da resposta da emergênica

Vídeo de uma câmara de segurança externa e interna mostrando o momento exato da explosão e informações iniciais do acidente


Vídeo com visão geral dos danos na Cooperativa de Palotina.

Abaixo vídeo de explosão por poeiras em suspensão:


Vídeo CBS de uma explosão em 2008 em uma usina de açúcar nos USA

Uma questão que pode ser utilizada neste caso e em questões similares.

Gestão Dinâmica da Segurança, áreas de normalidade, alerta e emergência, mais informações na descrição do vídeo abaixo.

Vídeo da Gestão Dinâmica da Segurança.

Prejuízo material de explosão de silo em Palotina pode ultrapassar R$ 50 milhões

Estrutura da C.Vale pode ter capacidade de 40 mil a 70 mil toneladas de grãos

Por Tomás M. Petersen* — Florianópolis
Globo Rural

A partir da análise da estrutura e da carga armazenada, as perdas financeiras causadas pela explosão de silo em armazém da C. Vale, em Palotina, no Paraná, podem ultrapassar os R$ 50 milhões, segundo especialistas em armazenagem consultados pela reportagem

Ao analisar as imagens do local antes e depois da explosão, é possível identificar que a estrutura utilizada para armazenar a carga de milho é um armazém graneleiro de alvenaria e não um silo. Trata-se de uma grande estrutura de concreto interligada por dutos por onde os grãos chegam, após a secagem, por túneis.

De acordo com o administrador Luiz Roberto Trevisani, diretor-geral da Mais Safra, empresa especializada em medição, processamento e armazenagem de grãos, um armazém graneleiro como o que sofreu a explosão costuma ter uma capacidade de 40 mil a 70 mil toneladas de grãos.

“A carga fica armazenada em montes dentro do galpão. Ela chega por cima e é descarrega por baixo, por túneis subterrâneos”, explica.

A C. Vale não divulgou a carga total de grãos que estava armazenada no momento do acidente, mas considerando a cotação atual do milho no Porto de Paranaguá, calcula-se que essas 10 mil toneladas representem R$ 10 milhões.

Sistema de armazenamento inclui dutos e túneis

Um consultor especialista em armazenamento de grãos procurado pela reportagem explica o funcionamento do sistema de uma planta semelhante ao da C. Vale. Ele estima que o investimento para montar uma estrutura como a de Palotina varia muito, mas pode ficar na faixa dos R$ 40 milhões. Antes de chegar no armazém graneleiro, a carga de grãos passa por uma etapa de pré-limpeza, um silo de espera e as torres de secagem.

“A carga fica armazenada em montes dentro do galpão. Ela chega por cima e é descarrega por baixo, por túneis subterrâneos”, explica.

“O milho deve chegar a uma umidade de 13%. Nesse nível, ele pode ficar armazenado por até oito ou dez anos”, explica o especialista. O solo do galpão do armazém graneleiro tem dutos por onde circula ar, de forma a manter os níveis de umidade. E conta com comportas, que escoam a carga para um túnel subterrâneo onde ficam os transportadores — esteiras ou correntes do tipo redler — que elevam os grãos até o silo de descarga.

Segundo o consultor, esses túneis costumam ter um espaço de 2,5 × 2,5 metros e ter toda a extensão do comprimento do armazém graneleiro. Foi num deles, segundo as informações prévias, que ocorreu a explosão durante uma manutenção.

“Sabemos que os túneis contam com iluminação especial e motores à prova de fagulhas. Esse é um cuidado muito grande das empresas, porque é de conhecimento que a poeira do milho é inflamável. Então precisamos entender ainda o que pode ter desencadeado”, afirma.

Outra possibilidade é que a explosão tenha ocorrido em alguma caldeira, utilizada para gerar energia para os sistemas de ventilação e/ou secagem. Secadores costumam pegar fogo e não explodir.

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Sobe para 7 o número de mortos na explosão em silo de cooperativa agroindustrial de Palotina; 12 ficaram feridos

Uma pessoa está desaparecida e cinco estão em estado grave, segundo a Defesa Civil. Incidente aconteceu na tarde de quarta-feira (26).

Por g1 PR e RPC — Cascavel

O órgão disse ainda que as buscas não foram paralisadas na madrugada, mas a equipe foi reduzida.

Um trabalhador foi resgatado com vida após oito horas de buscas.

O Corpo de Bombeiros informou que montou uma força-tarefa para o resgate das vítimas. Segundo a instituição, foram disponibilizados mais de 35 socorristas e cães de Palotina, Cascavel e Toledo, cidades do oeste do Paraná.

Silo de grãos: entenda o que é e o que pode causar explosões como as que deixaram mortos e feridos no PR

Estruturas metálicas são utilizadas para armazenamento de grãos retirados das lavouras, de acordo com especialista. Grande concentração de pó proveniente dos grãos pode causar explosões em contato com fontes de calor.

Uma das formas de prevenção às explosões, é a limpeza diárias dos túneis que ligam as estruturas metálicas umas as outras e por onde circulam os funcionários.

Oliveira que conhece o silo onde foi registrado o acidente acredita que, pelos estragos visualizados até o momento, que a primeira explosão tenha ocorrido justamente em um dos túneis.

“A explosão possivelmente foi em um dos túneis de armazenagem que estavam em procedimento de limpeza operacional. Justamente quando eu tenho acúmulo de pó, um dos melhores controles, é a limpeza, limpar todo dia e não deixar que ele se acumule”,

“A fonte certa de ignição ninguém sabe [...] mas houve explosão de pó, provavelmente em um dos túneis [...[ foi uma explosão primária e a onde de choque ao se propagar, encontrou outros pontos em condições perfeitas para ocorrer explosões, com explosões secundárias”, explicou.

Para ele, a possibilidade de explosão por gases dos próprios grãos é pouco provável. "O grão da gás que normalmente gera asfixia", finalizou.

Segundo o capitão do Corpo de Bombeiros, Guilherme Rodrigues, houve uma primeira explosão, seguida por outras cinco.

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Fonte Acessa:

A Procuradoria do Trabalho de Cascavel instaurou nesta quinta-feira (27) um inquérito civil para apurar eventuais responsabilidades na explosão de armazéns de grãos da unidade em Palotina, no Paraná, da cooperativa C.Vale. A explosão, no final da tarde de quarta (26), deixou ao menos oito trabalhadores mortos, além de 11 feridos. Uma pessoa continua desaparecida.

Entre os oito mortos, sete são haitianos, que atuavam na cooperativa como trabalhadores avulsos. Eram chamados de "safristas", em função do vínculo com o período da safra de grãos. Além das circunstâncias do acidente, a investigação do MPT-PR (Ministério Público do Trabalho do Paraná) vai verificar se havia obediência às normas trabalhistas.

Os haitianos eram contratados pela cooperativa por meio do Sintomege, que é o Sindicato dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias em Geral de Toledo. Nesta sexta-feira (28), a reportagem entrou em contato com o sindicato, mas não recebeu resposta até a publicação deste texto.

Procurada, a C.Vale disse à Folha de S.Paulo que as contratações de trabalhadores avulsos estão de acordo com a lei 12.023/2009 e que todos "passaram pelos treinamentos sobre os procedimentos obrigatórios de segurança e de operação".

Em nota nesta sexta, o MPT afirmou que, além de apurar as responsabilidades e adotar as providências cabíveis sobre o acidente em Palotina, também vai "determinar a correção do processo de trabalho, a fim de evitar futuros acidentes". "O MPT, a partir deste caso, iniciará esforço concentrado para a verificação da situação dos demais silos, desta e de outras empresas."

O acidente em Palotina atingiu quatro silos, que armazenavam 12 mil toneladas de soja e 40 mil toneladas de milho. De acordo com equipes do Corpo de Bombeiros, as vítimas foram encontradas nos túneis subterrâneos ligados aos silos.

A Polícia Civil do Paraná instaurou um inquérito para apurar o caso logo após o acidente.

A C.Vale é uma cooperativa agroindustrial -produção de soja, milho, trigo, mandioca, leite, frango, peixe e suínos- com atuação no Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Paraguai.

As unidades da empresa no Brasil empregam 541 trabalhadores estrangeiros. Do total, segundo a cooperativa, há 303 haitianos como colaboradores efetivos. A maior parte dos trabalhadores do Haiti atua em frigoríficos de frangos.

Os sete haitianos e o único brasileiro entre os mortos em Palotina -Saulo da Rocha Batista, 54- foram velados e enterrados nesta sexta. As vítimas do Haiti são Reginald Gefrard, 30, Jean Ronald Calix, 27, Michelete Louis, 41, Jean Michele Joseph, 29, Eugênio Metelus, 53, Donald St Cyr, 27, e Alfred Lesperance, 44 anos.

Um trabalhador de origem haitiana segue desaparecido desde a explosão.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores disse que tomou conhecimento com pesar das explosões. "Ao transmitir sua solidariedade às famílias das vítimas, o governo brasileiro coloca-se à disposição das autoridades haitianas para prestar a assistência cabível, bem como para buscar e fornecer todas as informações relativas ao incidente", diz a pasta.

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Fonte:

https://portalmaquinasagricolas.com.br/tragedia-em-palotina-entenda-os-riscos-em-silos-de-armazenamento/

Principais riscos em silos

Embora uma das principais causas de morte em silos seja o soterramento por grãos, outros perigos cercam os trabalhadores que atuam nesses armazéns.

Segundo Paula Scardino, coordenadora nacional da NBR 14.787 e da 16.577 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e Membro do GT Tripartite Patronal e da nova NR-33 – Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados, entre os principais riscos em silos estão ainda explosão por pós, poeiras ou fibras combustíveis, explosão de gás, como o metano, intoxicação por gases tóxicos, como pelo gás sulfídrico ou sulfeto de hidrogênio (H₂S) , deficiência de oxigênio – causada normalmente pelos gases da família asfixiante simples, como dióxido de carbono (CO2) e metano (CH₄) –, além de inundação, engolfamento, incêndio, choques elétricos, eletricidade estática, queimaduras, quedas, escorregamento, impacto, esmagamento, amputações e outros.

Poeiras combustíveis

A especialista ressalta que “o comportamento de atmosferas perigosas de gases é totalmente diferente do comportamento das poeiras combustíveis”. No caso de poeiras combustíveis, os perigos encontram-se com a junção dos seguintes elementos:

• poeira combustível em suspensão (normalmente presente nas esteiras, nos elevadores ou no processo em geral);

• a concentração da poeira combustível deve estar na faixa ideal, entre o limite inferior de explosividade e o limite superior de explosividade;

• ar – oxigênio presente na atmosfera;

• espaço confinado; e

• fonte de ignição de potência adequada.

Ela afirma que “o controle de fontes de ignição potenciais devem ser conhecidas por todos os profissionais que operam silos ou graneleiros”, diz. Paula também elenca as principais fontes de ignição:

• Origem eletrônica: equipamentos eletrônicos em geral, como rádios, celulares e lanternas;

• Origem elétrica: fios, tomadas, botoeiras, luminárias, arco elétrico, solda, centelhas nas escovas do rotor, descarga atmosférica, raios etc.;

• Origem mecânica: esteiras, elevadores de caneca, moinhos e elevadores;

• Origem eletrostática: fricção, atrito, transferência de gases, líquidos, querosenes de aviação, óleo diesel, óleo lubrificante, gasolina, solventes; e

• Superfícies aquecidas: linhas de energia, resistência de aquecedores e lâmpadas.

Devido à velocidade do processo e ao volume de massa de grãos em movimento, os trabalhadores que atuam em silos, em relação aos demais da cadeia de produção agrícola, estão mais expostos à poeira dos grãos. “Existem estudos que comprovam que a exposição prolongada à poeira também aumenta a prevalência de sintomas respiratórios e de perda acentuada da função pulmonar.”

A especialista destaca ainda o item 3.18, da NBR 16.577 – Espaço Confinado, sobre o engolfamento. “Essa é uma condição em que um material particulado sólido envolve uma pessoa e, durante o processo respiratório, a inalação pode causar inconsciência ou morte por asfixia”, explica. Por isso, Paula completa, é preciso levar em consideração o item 7 da norma:

“Considerar que operações nas superfícies de grãos são extremamente perigosas e que a entrada e movimentação de trabalhadores sobre massa de grãos ou materiais que ofereçam riscos de engolfamento, soterramento, afogamento e sufocamento são proibidas, salvo quando garantidas, por meio de análise de riscos e adoção de medidas de caráter coletivo e/ou individual comprovadamente efetivas. Deve ser mantida a sinalização específica na entrada do local de armazenamento, constando os seus riscos e a proibição de acesso”, diz o trecho.

EPIs para uso em silos

Além do risco de ser sugado e soterrado pelos grãos, há ainda o risco de intoxicação provocada pelos gases provenientes do material armazenado. Por isso é essencial o uso de Equipamentos de Proteção Respiratória (EPR), que devem ser selecionados e utilizados corretamente.

Entre os riscos, destaque também para as quedas de altura. Para evitá-las, é imprescindível que os trabalhadores utilizem cinto de segurança dotado de dispositivo trava-quedas, devidamente ligado a um cabo-guia. Contra o engolfamento, especialmente em espaços com materiais sólidos, como grãos, o trabalho deve ser realizado com talabarte, cinto de segurança e cabo-guia esticado. Dessa forma, caso seja coberto pelo material, o trabalhador poderá ser içado.

ESPAÇOS CONFINADOS, COMO OS SILOS, PODEM CONTER:
• Atmosfera perigosa ou potencialmente perigosa: falta de oxigênio – podendo provocar asfixia, danos cerebrais e até morte; substâncias tóxicas – intoxicação, sequelas e morte; e substâncias inflamáveis – incêndio ou explosão, queimaduras e morte.
• Material que possa engolfar um trabalhador: a parte superior dos silos contendo grãos é uma área que apresenta sério risco de engolfamento, asfixia e morte.
• Paredes que convergem para dentro ou pisos que se inclinam para baixo ou áreas menores que apresentam afunilamento e que podem aprisionar ou asfixiar um trabalhador. Por exemplo, a parte inferior dos silos, como moegas ou tremonhas.
• Outros perigos e riscos como o mecânico, elétrico, hidráulico, vapor e líquidos. Como energias perigosas, máquinas sem proteção na transmissão de movimentos ou fios elétricos expostos, podendo causar ferimentos, eletrocussão e morte.

A NR-33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados também estabelece a presença de um vigia. Ele é o responsável pela entrada e saída de trabalhadores no espaço confinado. O vigia deve permanecer do lado de fora, sempre mantendo contato com os trabalhadores autorizados a entrar no espaço confinado. Ou seja, cabe a ele monitorá-los e protegê-los, assim como acionar uma equipe de salvamento, caso necessário.

Os silos, assim como todos os espaços confinados, são áreas fechadas e enclausuradas. Nesses ambientes, vale lembrar, a movimentação é dificultada, podendo ocorrer o aprisionamento do trabalhador devido a complexidade da geometria, como planos inclinados, paredes convergentes e pisos lisos.

Justamente por se caracterizarem como peças mecânicas fechadas, explosões catastróficas podem ocorrer em operações com solda elétrica ou pela mistura de gases, eletricidade estática, curto circuito em instalações elétricas e chapas aquecidas, entre outros, conforme descrito anteriormente.

As perdas e danos provocados por esses acidentes, como a explosão do silo da cooperativa C.Vale, em Palotina (PR), podem ser catastróficos: perdas de vida, da saúde e integridade física e psicológica dos trabalhadores, além de danos irreparáveis ao patrimônio.

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Fonte: https://project-explo.com.br/area-classificada/armazenamento-de-graos-em-silos-como-minimizar-o-risco/

O pó gerado pelo armazenamento de grãos pode criar uma atmosfera explosiva, ou seja, uma combinação de substância combustível (no caso o pó), oxigênio e fonte de ignição, que resulta em incidentes graves.

Assim, é essencial que as empresas que possuem silos para armazenamento de grãos em suas dependências firmem parcerias com empresas especializadas para identificar as áreas classificadas e as atmosferas explosivas presentes nos ambientes.

Essas empresas visitam as dependências da indústria, verificam as condições do ambiente e as atividades realizadas nos silos. Nesta avaliação a equipe de profissionais avalia o tipo de pó gerado pelos grãos e seu nível de periculosidade, uma vez que o silo não é o único ponto de risco de incêndios e explosões. A concentração da substância no solo e em outros equipamentos utilizados no ambiente também pode ser altamente nociva.

Outro ponto avaliado pela empresa especializada é o limite de explosividade da poeira gerada pelo armazenamento de grãos nos silos. São calculadas as condições mínimas e máximas de risco para formação de uma mistura inflamável, com base nos níveis de concentração da substância no ar.

Isso porque, dependendo da temperatura do ambiente, os grãos começam a liberar gases de combustão que são extremamente perigosos se combinados com oxigênio e fontes de ignição.

Após as avaliações, é emitido um laudo com uma série de medidas para garantir a segurança dos trabalhadores e evitar o risco de incêndios, explosões e outros acidentes.

Além da indicação do uso de equipamentos Ex, outras medidas a serem tomadas são o uso de aspiradores para dispersar a poeira de forma contínua e evitar inalações e explosões.

A ventilação precisa ser outra preocupação, pois a falta de circulação de ar aumenta a concentração de gases nocivos para a segurança do trabalhador e eleva os riscos de explosões e outros danos severos.

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Fonte: https://maex.com.br/pos-como-evitar-explosoes/

PÓS – COMO EVITAR EXPLOSÕES

Os ambientes industriais que envolvem o processamento, a armazenagem e
o transporte de pós e granulados, afora as ameaças à saúde do trabalhador, também apresentam riscos de explosão, com magnitude suficiente para causar a destruição total de instalações e de vidas. O artigo a seguir relata algumas ocorrências de explosões na indústria e sugere medidas preventivas

Alguns destaques do artigo:

Nos últimos anos, passamos a notar que notícias sobre incêndios e explosões em instalações que processam grãos têm sido veiculadas com certa freqüência nos meios de comunicação. Catástrofes envolvendo prejuízos de milhares de dólares e com vítimas fatais não são mais exclusividade dos Estados Unidos, França, ou Espanha. Entre as ocorrências no Brasil, podemos resumidamente citar:
Em janeiro de 1992, explodiu a célula C-2 do silo vertical do porto de Paranaguá-PR, matando dois trabalhadores e ferindo outros cinco. A provável causa da explosão apontada na época teria sido a combustão da poeira de cevada armazenada no local durante uma operação de limpeza que acontecia no décimo andar do silo, que tinha 13 andares e 55 metros de altura.

Incêndios e explosões – As partículas de pó, em contato com fontes de ignição, podem apresentar condições tanto para iniciar incêndios (quando acumuladas em camadas) quanto para iniciar explosões (quando postas em suspensão, acidentalmente, ou mesmo por meio de uma operação “normal”, como a limpeza por varrição).
Se uma nuvem de poeira potencialmente explosiva entrar em contato com uma fonte de ignição suficientemente poderosa (alguns milijoules são suficientes), uma ignição inicial será produzida. Esta é chamada de explosão primária, que geralmente se desenvolve com velocidade subsônica (deflagração), gerando um considerável volume de gases quentes que desenvolverão uma onda de pressão. Com isso, a poeira depositada nas proximidades entra também em suspensão, dando origem a uma nova nuvem de poeira à frente da chama, que agora passa a ser a fonte de ignição dessa nova nuvem (mistura inflamável). O processo se repete, produzindo uma seqüência de várias explosões secundárias, liberando energia de forma crescente, que poderão ter como conseqüência a devastação da planta inteira.

As normas brasileiras – A Norma Regulamentadora NR-31 é a diretriz legal que define os requisitos mínimos para a segurança do trabalhador do segmento agrícola, e ela traça diretrizes para a execução de instalações seguras de silos, donde destacamos:
31.14.11 – Os elevadores e sistemas de alimentação dos silos devem ser projetados e operados de forma que evitem o acúmulo de poeiras, em especial nos pontos onde seja possível a geração de centelhas por eletricidade estática.
31.14.12 – Todas as instalações elétricas e de iluminação no interior dos silos devem ser apropriadas à área classificada. Nota: Denomina-se “área classificada” a região identificada com potencial para formar uma atmosfera explosiva. Esta identificação se dá por meio da execução de um estudo de classificação de áreas, o qual em geral depende de especialistas com experiência e aperfeiçoamento no exterior, uma vez que não há cursos avançados sobre o tema no País. Com o estudo pronto, pode-se apontar os locais onde serão exigidos apenas equipamentos elétricos aprovados para uso seguro nessas condições.

Conclusões – As operações desenvolvidas nas indústrias que processam pós, por exemplo, os ramos de processos, armazenamento de grãos, alimentícia, farmacêutica, siderurgia, entre outras, merecem atenção especial, pois, embora aparentemente “inofensivos”, sob determinadas condições, os pós podem gerar explosões de considerável magnitude, atingindo comunidades vizinhas.
ESTELLITO RANGEL JUNIOR

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Fonte Roberval Bugarelli:

Mais um lamentável e catastrófico acidente envolvendo a ignição de atmosferas explosivas formadas por poeiras combustíveis.

Vamos esperar que a Comissão de investigação do acidente possa identificar as causas básicas que levaram a esta explosão e apresentar as ações preditivas, corretivas e preventivas que evitem a repetição deste tipo de ocorrência.

Em muitos outros casos semelhantes foram identificados como causas básicas, dentre outras:

- Falta de documentação de classificação de áreas contendo poeiras combustíveis (Norma Técnica Brasileira adotada ABNT NBR IEC 60079-10-2)

- Falta de instalação de equipamentos de instrumentação, automação, telecomunicações e elétricos com certificação "Ex" adequados para poeiras combustíveis

- Falta de inspeções iniciais e periódicas dos equipamentos e instalações "Ex"

- Falta de manutenção preventiva dos equipamentos "Ex"

- Falta de procedimentos de limpeza para evitar o acúmulo de camadas de poeiras combustíveis

- Falha no projeto, montagem, manutenção e calibrações periódicas de detectores de temperatura, vibração ou proximidade nos equipamentos de transporte e secagem dos grãos

- Falha na gestão de treinamentos e experiência dos profissionais envolvidos

- Falha na gestão dos ativos "Ex"

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Fonte: AviSite

Explosões de armazéns de grãos, como a que aconteceu na C.Vale, em Palotina/PR, não são comuns. No entanto, podem ocorrer muito facilmente, se os responsáveis pela estrutura não tomarem as devidas precauções. A precaução mais importante é a redução da poeira suspensa no ar dentro do armazém. A advertência é de Adriano Mallet, consultor em armazenagem de grãos e diretor técnico da empresa Agrocult, em declaração para o portal AviSite.

“Em um silo, que é um espaço confinado, o combustível é o pó suspenso no ar. Se a quantidade de pó presente no ar for densa, muito grande, basta uma faísca, causada por curto-circuito elétrico, um isqueiro, chama de solda, ou qualquer outra origem, para dar a ignição que leva à reação rápida do oxigênio com as partículas de pó, gerando a explosão”, explica.

Para reduzir a poeira de grãos no silo ou armazém, Mallet recomenda duas estratégias: captação e exaustão. No caso da captação, o consultor aconselha a instalação, em todos os pontos prováveis de geração de poeira, de sistemas de captação do ar com canalização que leve a um filtro de manga. O objetivo é reter o pó no filtro e liberar, dentro do ambiente, um ar mais limpo.

Além disso, é aconselhada a instalação, na cobertura do armazém ou silo, de algum sistema de exaustão, para que o ar carregado com poeira seja removido para fora. “Dessa forma, reduzimos a densidade de partículas em suspensão no ar, reduzindo a chance de uma explosão caso ocorra algum tipo de chama ou faísca no local”, explica o consultor.

Boa reportagem da Revista Proteção, sobre o acidente de maior de Palotina:




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A gestão da segurança pode ser dividida em duas funções auxiliares: riscos e emergências. A primeira visa controlar os fatores latentes e a segunda são as manifestações dos riscos em fatos reais. Portanto, existem duas formas complementares de atuação: preventiva e corretiva, sendo que a proposta de Abordagem da Segurança Proativa, busca evitar que a organização aja apenas de forma reativa. 

Importante se debruçar sobre estas questões, e aprofundar os estudos acadêmicos, com aplicação nas empresas, para desenvolver propostas para evitar estas tragédias.

O Curso Gestão de Riscos e Prevenção de Tragédias, através da Abordagem da Segurança Proativa, está validado por profissionais seniores, plenos, juniores e estudantes. 

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Vídeo - Ivan Rigoletto, Phd e Gestor e Consultor de Riscos Sênior em Grandes Organizações, indica o o Curso Gestão de Riscos e Prevenção de Tragédias e Vídeo da Capacitação, Mentoria e Produtos do Curso Gestão de Riscos e Prevenção de Tragédias 


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Link com o case da Tragédia da Implosão do Submersível Titan:

https://gestaoproativawb.blogspot.com/2023/06/implosao-do-submersivel-titan-as.html

Link com a o case da Tragédia do deslizamento de encosta e morte de dezenas de pessoas do Litoral Norte de São Paulo: 

https://gestaoproativawb.blogspot.com/2023/02/tragedia-no-litoral-norte-de-sao-paulo.html

Link sobre os Times de Aprimoramento da Segurança (TAS), através da Abordagem da Segurança Proativa:

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Saudações!

Washington Barbosa


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